quinta-feira, 7 de maio de 2015

Que direção você vai tomar?




E o quê, de fato, queremos? O que queremos dessa vida? Essas são perguntas que estão norteando a minha mente nos últimos dias. onde estamos caminhando? A verdade é que somos pessoas sem direção; sem rumo; sem propósito na vida. Somos vazias. Vazias de Deus, vazias de amor, vazias de nós mesmos. Vazias do outro. 

A resposta está no que nós queremos. E o que nós queremos é ser amados. A verdade é essa. Você quer ser amado (a)! Eu quero ser amada! Todos nós queremos ser amados! Não podemos fugir dessa verdade! Ela estará lá, sempre latente, sempre batendo à nossa porta. Não há como negar. Queremos ser amados! E o que não fazemos para sermos amados, hein? O que não fazemos? Fazemos tudo! Fazemos qualquer coisa! Fazemos até aquilo que não podemos fazer. Eu mesma já fiz muita coisa para ser amada e, por conta disso, errei e errei feio. No entanto, quero chegar a um outro ponto. Queremos ser amados, mas queremos amar? 

Queremos dar atenção? Queremos abdicar do nosso tempo para, sei lá, está com os amigos? Para está com os nossos avós? Para estarmos com aquela zeladora lá do nosso trabalho que quase ninguém fala? Queremos dizer um 'oi' ou um 'olá' ou um simples 'bom dia' para o porteiro do prédio ou para a atendente de supermercado? Queremos passar um tempo com aquele empregado chato ou irritante? Ou aquele colega de trabalho que é preguiçoso e que não respeita ninguém? Queremos dá um pouco de atenção para aquele filho pequeno, de 3 ou 5 anos, que chega da escola suado, com a farda toda suja, mas que está ansioso para falar sobre o dia dele? 

Será mesmo que estamos afim de abrir mão um pouco do nosso tempo para simplesmente usufruirmos da companhia uns dos outros em casa? De rirmos, de chorarmos e, até mesmo, de discutirmos? Será mesmo que queremos passar um pouco de tempo com aquele pai que você não vê à séculos por que ainda está com mágoa dele? Será mesmo que queremos parar um pouco para prestarmos atenção ao que os outros estão falando ao nosso redor ao invés de ficarmos conectados com o celular o tempo inteiro? Será mesmo? Você pode até pensar que essas simples atitudes diárias não sejam uma demonstração de amor, de atenção e de respeito, mas são! 

Quando você pára um pouco durante o seu dia para dá qualquer atenção que seja ou demonstrar qualquer atitude de respeito para com uma outra pessoa, você está amando! Você está dizendo para ela que ela é importante; que ela importa; que o que ela está comunicando é importante para você e que, por isso, você está dedicando um pouco da sua atenção à ela. Você está dando um gesto de carinho, e carinho é muito mais que abraço ou beijo. É consideração acima de tudo. É respeito. É entender que o outro, assim como você, deseja ser amado (a), respeitado (a) e aceito (a) e que você pode participar desse processo.

E porque não tomamos essas simples atitudes no nosso dia-a-dia? Por que isso significa sair da zona de conforto. E quem quer sair da zona de conforto? Ninguém! Não queremos sair da zona de conforto por que é lá que nos sentimos, como o próprio nome já determina, confortáveis. É lá que tudo está sob o nosso controle. É lá que não somos incomodados ou confrontados em nossos valores. É lá que ninguém nos toca. É lá que não precisamos fazer nada. Que não precisamos tomar nenhuma atitude. É lá que somos inertes, inoperantes, inativos.

Todos nós queremos permanecer do lado de dentro do barco por que é mais seguro. Por que estamos ocupados demais. Por que estamos trabalhando demais. Porque estamos focados demais no que queremos alcançar. Por que o nosso whatsapp toca demais. Porque o nosso celular está recebendo chamadas demais. Por que estamos conectados demais. Por que perdemos a noção de equilibrio entre o real e o virtual. Entre a família e a carreira. Entre o ser e o ter. Entre o supérfluo e o essencial.

E então? Para onde estamos caminhando? Para onde estamos indo? Que direção iremos tomar?